Você sente dor no pé ao dar os primeiros passos de manhã? Ou então depois de caminhar ou ficar muito tempo em pé?
Esses podem ser sinais de fascite plantar, uma inflamação na fáscia plantar – a estrutura que sustenta o arco do pé e absorve os impactos do dia a dia.
Se não for tratada, essa condição pode limitar movimentos simples, como caminhar, e afetar muito a sua qualidade de vida.
Mas a boa notícia é que tem solução!
Neste matéria, você vai descobrir:
- quais são as causas da fascite plantar;
- quais são os tratamentos mais eficazes;
- o tratamento utilizado na Wolf Fisioterapia, nossa clínica de Fisioterapia Esportiva no Brooklin, que já ajudou dezenas de pacientes a recuperarem a liberdade de movimento: corredores, tenistas, crossfiteiros.
Vem com a gente entender o funcionamento do pé e qual o melhor caminho para se livrar da dor.
O que é fascite plantar e quais são os sintomas?
Fascite plantar é a inflamação da fáscia plantar, um tecido fibroso que vai desde o calcanhar até os dedos do pé, e serve para dar sustentação ao arco plantar.
O sintoma mais comum da fascite plantar é a dor lancinante, ou seja, uma dor em pontada na planta do pé. Essa dor ocorre principalmente:
- na primeira pisada do dia, logo após levantar;
- após ficar muito tempo sentado ou muito tempo caminhando;
- ou depois de permanecer muito tempo na posição em pé.
Normalmente, a fascite plantar é confirmada através do ultrassom, um dos recursos de imagem mais rápidos e mais baratos disponíveis para fazer esse diagnóstico. Nesse exame, o que se observa, em geral, é o espessamento da fáscia plantar, que pode ficar até 1.6 mm mais espessa do que uma fáscia saudável, que não apresenta fascite plantar.
É uma condição que atinge principalmente pessoas entre 40 e 60 anos e representa 15% das doenças que afetam o pé.
Grupo de risco
Dentro do grupo de risco, ou seja, das pessoas que têm maior probabilidade de ter fascite plantar, estão os trabalhadores que permanecem muito tempo em pé ou muito tempo caminhando, principalmente se usarem sapatos muito rígidos ou inadequados, que provocam inflamação e dor na fáscia plantar. Outro fator de risco importante para o aparecimento da fascite plantar é o aumento de carga repentino nos treinos, principalmente entre os corredores.
Algumas alterações da postura do pé, como pé plano ou pé cavo, também são comuns nas pessoas que têm fascite plantar. Mas é principalmente nas pessoas sedentárias que percebemos a maior incidência dessa condição.
Outras doenças que podem se confundir com a fascite plantar, podem ser tendinites no pé, que são inflamações nos tendões que levam músculos a controlarem os movimentos do pé, como a tendinite fibular, tendinite do tibial posterior ou tendinite do tendão calcâneo; e até mesmo uma dor neuropática que atrapalha a condução nervosa nos pés pode confundir o diagnóstico de fascite plantar.
Entenda como funciona a fascite plantar na prática
Nas imagens abaixo você pode entender como funciona, na prática, a fascite plantar.
Na imagem 1 vemos, no pé, a representação do arco plantar, uma estrutura óssea que vai desde o calcanhar até a base dos dedos.
Na imagem 2 o elástico em amarelo representa os músculos e o papel branco que está por baixo representa a fáscia plantar, que tem uma estrutura mais fibrosa. É essa estrutura que sustenta o arco plantar.
À medida que pressionamos essa estrutura na vertical, de cima para baixo, percebemos que os músculos acompanham esse estiramento, mas o papel branco que está em contato com o chão – e representa a fáscia lata – ficou rasgado (imagem 3).
Se esse movimento lesivo de estiramento acontecer repetidas vezes, seja por ficar por muito tempo em pé, por ficar durante muito tempo caminhando ou até mesmo correndo, aumentam as possibilidades de desenvolver a fascite plantar.
Entenda o tratamento e o tempo de recuperação da Fascite Plantar
Fase 1- Fase aguda – Tratamento da dor e inflamação
Em termos de tratamento médico, o que está em maior evidência no tratamento da fase aguda da fascite plantar, ou seja, para reduzir a dor e a inflamação, são a infiltração de corticosteroide injetável e o tratamento com PRP (Plasma Rico em Plaquetas), um tratamento com plaquetas que acelera o processo de cicatrização.
Estudos mostram que as ondas de choque também têm sido eficazes no tratamento sintomático a curto prazo.
Além do tratamento medicamentoso, é comum vermos orientações sobre o uso de calçados mais rígidos e com um pequeno salto. São recomendadas ainda as compressas de gelo, que podem ser aplicadas através do uso de uma garrafinha pet congelada para massagear a fáscia plantar.
Na fisioterapia esportiva, uma das técnicas mais utilizadas é a liberação miofascial, um tipo de massagem que tem como foco os tecidos miofasciais.
Alguns estudos mostram uma melhora significativa da dor com a prática do agulhamento seco e o laser de baixa intensidade também é muito recomendado para o controle da dor.
Porém, entre todas essas técnicas da fisioterapia esportiva, a que mais tem demonstrado um bom resultado na melhora da dor dos pacientes ainda é a liberação miofascial.
Dica: Em casa, você pode colocar o pé em cima de uma bolinha de tênis, por exemplo, e massagear a planta do pé para aliviar a tensão em seu pé. Fazer automassagem também é uma boa prática. Com uma pequena quantidade de creme você pode deslizar as mãos pela fáscia plantar, começando no calcanhar e indo em direção aos dedos.
Tempo de recuperação da fase aguda
O tempo de recuperação da fase aguda leva em torno de 1 a 3 semanas. Utilizamos equipamentos e técnicas para ajudar a reduzir o edema, inflamação e a dor como: o laser, tens, ultrassom e liberação miofascial.
Se você quiser saber os exercícios que utilizamos para tratar a fascite plantar, baixe grátis o e-book: Fascite Plantar em Esportistas. Clicando no banner abaixo.
Fase 2- Fase subaguda – Paciente com dor controlada e retorno ao cotidiano
Vamos falar agora da segunda fase, que é a fase subaguda, quando o paciente começa a retornar às atividades do dia a dia.
Imagine que você lesionou o pé, foi diagnosticado com fascite plantar e já tratou a dor e a inflamação. Chegou o momento de retornar ao trabalho, retomar a sua rotina e voltar ao seu esporte, mas de uma forma muito cautelosa para não se machucar novamente.
Você a recém saiu da fase aguda, e queremos que você retorne à sua rotina, principalmente ao seu esporte, de uma forma consistente e não na base da tentativa e erro (você melhora, volta a treinar, ficar pior do que estava antes e para de novo). Esse ciclo não é interessante e pode piorar ainda mais a sua lesão.
Nesta fase costumamos fazer uma exposição gradual aos exercícios que são mais comuns na prática esportiva do paciente, além disso a aplicação de exercícios de fortalecimento mais direcionados ao tornozelo e ao pé.
O tempo de recuperação da fase aguda leva em torno de 1 a 3 semanas. Utilizamos equipamentos e técnicas para ajudar a reduzir o edema, inflamação e a dor como: o laser, tens, ultrassom e liberação miofascial.
Prática esportiva
Nós basicamente fazemos a reestruturação de capacidades como força, flexibilidade, equilíbrio e controle do movimento.
Na Wolf Fisioterapia damos uma atenção especial ao movimento de absorção do impacto, ou seja, não analisamos somente o pé, mas a postura do paciente como um todo.
A absorção deve acontecer de uma forma eficaz. Isso significa que não se pode pensar somente nos músculos do pé, mas também na panturrilha, no joelho ou no quadril durante o movimento. Precisamos observar o corpo inteiro e como ele está se organizando para fazer atividades simples como caminhar e correr.
Em outras palavras, analisamos a postura do paciente e como ela está influenciando as atividades do cotidiano. Na maioria dos casos de pacientes com fascite plantar o problema não está no pé em si, mas em uma postura que gera sobrecarga nessa estrutura, causando a lesão.
Este é um momento em que começamos a pensar em como o paciente vai retornar ao esporte e, para auxiliar na reestruturação, aumentamos a intensidade dos movimentos, bem como o seu impacto e a sua velocidade.
O objetivo é deixá-lo pronto para a prática de esportes como corrida, crossfit, tênis, futebol ou qualquer outra atividade que exija muito da planta do pé.
Tempo de recuperação da Fase Subaguda
O tempo de recuperação da fase subaguda leva de 8 a 12 semanas.
Fase 3 – Retorno ao esporte
Chegamos à última e mais importante fase da reabilitação: o retorno ao esporte. É quando o paciente volta a praticar o esporte que ele tanto ama e nós vamos trabalhar na causa raiz do problema.
Nessa fase analisamos não somente o pé que foi machucado, mas também como o paciente organiza a postura, o equilíbrio e a distribuição do peso corporal que é aplicado na planta do pé.
Nesse momento colocamos nosso foco nos vícios posturais e naquelas dificuldades que, provavelmente, o paciente já viu seu técnico tentar corrigir diversas vezes. Olhamos para essa causa mais atentamente com o objetivo de entender como ela está ocasionando a fascite plantar.
Pode ser tanto um desvio postural quanto uma dificuldade para movimentar os pés de forma mais suave.
Essa é a abordagem que mais gostamos de fazer na clínica, identificar a causa do problema e ajustar a postura do atleta para que não haja reincidência e possa treinar sem medo.
Acreditamos que ela traz um ótimo resultado a longo prazo, principalmente para os pacientes que praticam esportes de alta intensidade, que envolvem fadiga e outras dificuldades que vão além do controle do pé.
Tempo de recuperação da Fase 3 – Retorno ao esporte
O tempo de recuperação dos pacientes dependem do condicionamento físico, consciência corporal e facilidade de adaptar-se a uma nova postura. Em média trabalhamos nesta fase entre 3 a 6 meses para ajustar e consolidar a nova postura no tênis. Após a reabilitação, o paciente conseguirá treinar sem dor e o mais gratificante é que normalmente com melhora na performance, pois a nova postura torna o movimento mais fluido.
Por que a última fase é a mais importante?
Nesta fase liberamos o paciente para voltar aos treinos de forma monitorada, ou seja, ele continua na fisioterapia e nos treinos até que sua nova postura esteja consolidada.
Colocando em prática o que ensinamos na clínica, o paciente retorna aos treinos de forma orientada e segura, com conhecimento do que pode ou não pode fazer. Portanto, ao compartilhar as dificuldades ou desconfortos que ele tem durante os treinos com a gente, fazemos os ajustes necessários na sua postura.
Este ciclo se repete até que o paciente consiga treinar com plenitude e segurança, assim possibilitando que ele busque sua melhor performance sem medo de se machucar.
É muito comum ouvirmos dos nossos pacientes o seguinte:
“eu estava bem e voltei a treinar devagarinho. Quando sentia algum desconforto, parava e descansava, mas mesmo assim voltou a doer.”
São relatos de esportistas voltando a treinar por meio da tentativa e erro, com receio de se machucar novamente.
O paciente que conclui a terceira fase tem uma reabilitação efetiva e sai desse círculo vicioso.
Por isso, a terceira fase é a mais importante do tratamento.
Porque ajustamos a postura do paciente para que ele tenha um movimento equilibrado e o problema não volte a acontecer!
Conclusão
A fascite plantar pode ser uma condição dolorosa e limitante, mas com o diagnóstico correto e um tratamento adequado em cada fase, é possível eliminar a dor, recuperar a liberdade de movimento e retomar suas atividades cotidianas e esportivas com segurança.
Na Wolf Fisioterapia, nossa abordagem é personalizada: começamos com uma sessão de planejamento terapêutico para entender sua rotina, seus objetivos e as demandas do esporte que você pratica. Assim, criamos um plano de reabilitação focado na causa real do problema – e não apenas nos sintomas.
Quer dar o primeiro passo para se livrar da fascite plantar?
Mande um Whatsapp 11 93950-9909 e agende a sua sessão inicial de planejamento terapêutico com nossos especialistas em fisioterapia esportiva.
E venha conhecer nossa clínica. Estamos localizados no Brooklin, na Zona Sul de São Paulo.
Vamos juntos traçar o melhor caminho para a sua recuperação!
Quer saber mais, assista o vídeo abaixo, onde contamos um caso real de tratamento da fascite plantar.