Dor no quadril no CrossFit, corrida e tennis, o que pode ser?

quadril

Sumário

Você sente incômodo no quadril durante ou após os treinos de CrossFit?

Uma dor que aparece ao agachar, correr ou até mesmo quando vai simplesmente sentar? Ou então nota uma falta de mobilidade, como se o seu quadril estivesse travado?

Muitos praticantes de atividades intensas, como o CrossFit, desconfiam que algo não vai bem quando certos movimentos ficam limitados ou provocam dor, comprometendo o seu desempenho.

Isso é mais comum do que você imagina, tanto no CrossFit quanto em outras práticas esportivas, como a corrida e o tênis.

O que nem todo mundo sabe é que o quadril é uma estrutura-chave para o movimento do corpo. Ele participa ativamente em movimentos com carga, saltos, corridas e nas mudanças de direção. Ou seja, é essencial não só no seu treino, mas também no seu dia a dia.

Neste texto, você vai descobrir qual é o papel do quadril na execução dos movimentos e quais são os principais sinais de que algo não vai bem nessa articulação.

Se você treina e sente que seu quadril está pedindo socorro, leia até o fim para entender melhor o que pode estar acontecendo.

Entenda porque o quadril é tão importante na execução dos movimentos

Vamos começar mencionando duas informações bastante relevantes sobre o quadril, e que precisam ser compreendidas antes de falarmos sobre as lesões que podem ocorrer nessa região.

A primeira delas é o fato do quadril se tratar de uma estrutura bastante robusta. Ele tem na sua composição o fêmur, o osso mais longo e mais forte do corpo humano, que faz a ligação do quadril com a pelve.

A segunda informação diz respeito à importância do papel do quadril na execução dos movimentos, papel este que está relacionado, fundamentalmente, à transferência de peso.

Isso quer dizer que qualquer movimento que você vai executar durante a prática do CrossFit, seja a corrida, o salto, o agachamento, ou qualquer outro movimento em que exista uma transferência de peso da parte inferior para a parte superior do corpo vai passar, inevitavelmente, pelo quadril.

Indo além do universo do CrossFit, podemos citar a importância do quadril em outras práticas esportivas, como na corrida, no tênis e em uma simples caminhada. Até mesmo nas atividades do dia a dia ele cumpre um papel importante.

Vamos ver alguns exemplos práticos?

Imagine-se fazendo o Back Squat (agachar com uma barra posicionada na região superior das costas) no CrossFit. Como se trata de um agachamento simples, normalmente pensamos que, para a boa execução desse movimento, basta ter força nas pernas. Mas vai muito além disso.

É necessário ainda coordenar o peso que está sobre as suas costas – o peso da barra – com o seu próprio peso, e tudo isso mantendo uma boa postura. Entre o movimento de agachar e de levantar, o quadril é responsável por exercer, no mínimo, a terça parte dele.

Agora imagine-se executando um movimento com salto, como pular corda, por exemplo. O papel do quadril é tão relevante quanto no agachamento, mas agora de uma forma mais intensa, com maior impacto.

Na corrida fica ainda mais complexo: quando você está correndo, o peso do seu corpo inteiro, incluindo o peso da perna que está no ar, fica em cima de apenas uma perna. E o quadril está sustentando esse peso.

Exemplo do dia a dia

Saindo da prática esportiva e entrando nas atividades do dia a dia, imagine quem trabalha em uma loja e passa o dia inteiro de pé. Ou quem trabalha em um escritório e passa muito tempo sentado. Ou, ainda, quem passa boa parte do seu dia caminhando. Em todos esses casos, a exigência do quadril também é muito grande.

Muitas pessoas lembram que o quadril existe somente quando ele começa a doer. Mas o fato é que ele exerce um papel importante na nossa vida diária, seja quando estamos trabalhando, quanto estamos fazendo atividades rotineiras ou quando estamos praticando nosso esporte favorito.

Por isso, todo cuidado para se movimentar da forma correta e não sobrecarregá-lo é pouco. Isso é o que chamamos de prevenção.

Se você leu até aqui, já entendeu a importância do quadril na execução dos movimentos. A seguir, falaremos sobre os principais sintomas que podem estar indicando que você tem um problema na região.

Leia até o final!

Os principais sinais que podem indicar um problema no quadril

Engana-se quem pensa que problemas no quadril surgem somente entre os mais velhos.

Apesar de serem mais frequentes entre os idosos, devido ao desgaste natural da região, também podem ser comuns entre os mais jovens, decorrentes de atividades físicas de alto impacto e praticadas de forma incorreta, sem a necessária supervisão e orientação.

Em relação aos sintomas, é muito difícil encontrarmos alguém que apresente queixas de uma dor localizada no quadril.

São dois os motivos para isso acontecer:

1) o fato de termos muito mais sensibilidade nas extremidades do corpo, como mãos e pés, e menos sensibilidade nas partes do corpo mais próximas ao tronco;

2) a região do quadril tem muitas outras estruturas próximas a ela, o que pode causar confusão nos sintomas. É comum, por exemplo, que algumas pessoas confundam a dor no quadril com uma dor no rim ou na lombar.

Mas em geral, um dos sintomas mais comuns de problemas no quadril é uma dor que se estende desde a parte da frente até a parte de trás do quadril, nos glúteos, passando pela lateral. Ou que tem início na lateral do glúteo e desce pela lateral da perna.

A Síndrome do Piriforme é um bom exemplo prático de como se dá essa confusão de sintomas. Frequentemente ela é confundida com uma dor no nervo ciático.

Veja porque a seguir.

Síndrome do Piriforme x dor no ciático

O piriforme é um dos músculos estabilizadores da região do quadril.

Quando esse músculo fica muito tenso e com a circulação comprometida, ocorre uma contratura, ocasionando a chamada Síndrome do Piriforme.

Como o nervo ciático está muito próximo ao piriforme, pode ser afetado por esse tensionamento. Em algumas pessoas, inclusive, o ciático passa através do piriforme.

Por isso é comum que a dor ocasionada pela Síndrome do Piriforme, que é uma condição referente ao quadril, seja associada à uma dor no ciático, aquela dor que se espalha pela lateral da perna, somada a um formigamento e sensação de fraqueza.

A Síndrome do Piriforme é uma condição comum em pessoas que passam muito tempo sentadas ou que praticam atividades que exigem a rotação lateral do quadril, como o ballet e o jiu-jitsu.

Outras duas condições em que a confusão de sintomas fica bastante nítida são a Síndrome da Banda Iliotibial e a necrose da cabeça de fêmur.

Continue lendo para descobrir o porquê.

Síndrome da Banda Iliotibial

Muito frequente em praticantes de corrida, a Síndrome da Banda Iliotibial ocorre quando há uma inflamação do trato iliotibial.

A banda iliotibial é uma faixa de tecido fibroso – meio músculo, meio tendão – que se estende desde a parte externa do joelho, subindo pela lateral externa da coxa, até a altura da cintura.

Quando essa faixa estica demais, devido a execução de movimentos incorretos durante a corrida, ocorre a Síndrome da Banda Iliotibial. Devido à sua localização, fica muito difícil distinguir se o que temos é um problema no quadril, na pelve ou na região lombar. Principalmente quando consideramos que vários músculos passam por todas essas articulações.

Necrose da cabeça do fêmur

Muito comum na população masculina acima dos 60 anos, a necrose da cabeça de fêmur pode acontecer de forma repentina e se deve à oclusão da artéria da cabeça do fêmur. O diagnóstico se dá através de uma radiografia, que vai apontar se existe sangue dentro da articulação.

Seu principal sintoma é uma dor intensa, somada a uma sensação de ardência na região do quadril.

A principal dificuldade em relação aos sintomas é distinguir se a dor é na região lombar ou na perna.

O único tratamento possível é o cirúrgico, com a remoção da parte necrosada e a colocação de uma prótese.

Mas será que não existe nenhum sintoma específico que indique problemas no quadril?

Existe e nós vamos explicar quais são eles a seguir.

Sintomas mais frequentes de problemas no quadril

Qualquer dor é incômoda e, obviamente, nós fazemos de tudo para evitá-la.

Por isso, é comum que quem tenha problema no quadril caminhe mancando. Essa é a forma encontrada de não depositar seu peso na perna dolorida. Também é comum evitar esticar o quadril, fazendo um movimento em C ou de meia-lua ao caminhar.

Sentir dor ao ficar muito tempo sentado é outro sintoma comum, porque esta é uma posição em que o quadril fica flexionado.

Quem pratica corrida sente dor quando está correndo ou, após a corrida, sente que o quadril está travado.

Quando a dor é aguda e atinge mais a parte da lateral da coxa, pode ser sinal de tendinite ou bursite no quadril.

Em alguns casos, devido a alguns músculos que tem seu trajeto desde a perna até o quadril, pode haver dor no joelho.

Um caso bem específico é o ponto gatilho no iliopsoas.

O iliopsoas é um músculo que faz a flexão do quadril. Ele nasce na região lombar e se estende até a parte superior da coxa, inserindo-se no fêmur.

Os principais sintomas são a dificuldade de manter o corpo esticado, sensação de ardência na parte da frente do quadril e, muitas vezes, dor lombar.

Em relação aos crossfiteiros, a principal queixa é a falta de mobilidade, como se o quadril estivesse travado, afetando o seu desempenho, principalmente no agachamento.

Pode acontecer também, durante o agachamento, uma situação onde o praticante fica com o glúteo muito posicionado para trás, enquanto a barra fica posicionada para a frente, fazendo-se necessário investigar porque o quadril não está cumprindo o seu papel para a execução correta do movimento.

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Conclusão

Como você pode notar, o quadril é uma estrutura relevante não somente para a prática esportiva, mas também para as atividades do dia a dia.

É importante estar atento ao seu bom funcionamento e aos sinais que podem indicar algum problema na região.

Como é uma estrutura que tem várias outras ao redor de si, nem sempre os sintomas são claros, podendo se confundir com outras condições.

Por isso, é importante buscar um bom diagnóstico e, sobretudo, a orientação de bons profissionais que não só ajudem no tratamento, mas sobretudo na prevenção.

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Nos próximos textos, abordaremos o funcionamento do quadril, as principais doenças que afetam a região e a melhor forma de tratar.

Continue nos acompanhando por aqui!

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